Não caibo em mim mesmo...
O grito calado não tenta sair apenas pela boca mas por todos os poros, pelas pontas dos meus dedos.
A Angústia parece maior do que o tamanho do meu corpo, à sua volta sinto uma aura invisível, gelationosa de ira, raiva, dor, tristeza, sofrimento, dúvida, incerteza, desilusão que ultrapassa o comprimento dos meus dedos, que me pesa nas costas e me faz trepidar e corcovar...
Não sinto nenhuma mão amiga, não sinto que exista alguém que me compreenda, sinto-me mergulhar nas trevas da escuridão para não mais voltar. Sinto que não há justiça, sinto que nunca vou conseguir sentir algo realmente positivo sem ter esta sombra a sobrevoar-me onde quer que esteja com quem quer que esteja...
E enquanto isso sou actor de mim próprio, pois para os outros há que dar a quero do que pareço ser e não do que sou realmente. Porque tudo é desilusão: o que sou e os outros para quem pareço descartável e apenas apetecível em certos momentos da vida. Quando isso acaba eu também acabo para eles ou sou apenas alguém por entre a multidão de resguardo para um momento em que seja efemeramente apetecível de novo.
....
....
Sinto vontade de ser eremita, de ser um homem-animal sem consciência e pensamento, viver apenas no quadro daquela bela paisagem que trago na memória, só assim possivelmente me parece que deixaria de sentir esta angústia e talvez sentir um pouco de felicidade.
Pois não me parece que alguma veja consiga ver o sol...
...
...
E quando falo todos parecem calar...
Porque só servimos quando estamos bem, quando estamos mal ninguém quer saber de nós...
Gostava só de desaparecer, queimar o tempo, passar pelas pessoas sem ser sentida, sem ninguém notar que existo....
...
...
Porque parece que já podia ter tudo o que me bastava... mas TU não quiseste e tu o levaste, e ele deixou de te querer. Não foi um dissabor qualquer não... fez de mim áspero, desconfiado, para quando isso se atenua cair novamente na esparrela
...
...
E não, não sou sociável. Se o sou por vezes não sou eu de certeza, é só quem pareço ser.
E daqui a algum tempo não vamos falar, não te vais lembrar de mim.
Porque sou insignificante e todos acabaremos por o ser...
E grito...
FOOOOOOOOOOODAAAAAAASSSSSSSSSSSSSSSSSSSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!
Mas o grito continua, preso, preso, preso...
Thursday, June 18, 2009
Wednesday, June 3, 2009
:[
Tristeza presa, entranhada... que amargura...
Não sai... só às vezes está adormecida e escondida para os outros...
Porque ninguém compreende, ninguém entende... ninguém vê
:'[
Não sai... só às vezes está adormecida e escondida para os outros...
Porque ninguém compreende, ninguém entende... ninguém vê
:'[
Saturday, April 18, 2009
Damaged
I'm damaged... we're all damage...
Medo...
Medo
Medo MEDO MEDO MEDO
ecoa ecoa ecoa e não se vai...
Vai mas volta, retorna, está preso...
Quando vemos que sempre tivemos sonhos, sempre achámos possível, mas na vida real eles precisam de um caminho pré-determinado para que aconteçam para que se tornem vivos. Tudo despoleta a dor... Porque o maior medo é o medo do que não se sabe, mas pior ainda quando não se sabe o que se quer.
É andar sem rumo, sem guia algum, sem nada saber. Será sequer que sei de mim?
E nesta luta sinto-me sozinho, porque não sei sequer o que quero.
O que quero fazer ou sequer onde quero estar.
Aqui o que é físico reconforta a alma mas o património inter-pessoal não existe. Será sequer que o eu e o vós existe em algum lado? Parece que por muito que outros existam eu sou só eu, ninguém mais, uma ilha que não é povoada que tem o seu habitat inabitável, uma ilha que jamais poderá ser explorada...
Não sei, não sei, não sei...
Não sei o que quero fazer, não sei onde quero estar.
No berço sufoca, parece existir algo que suga a alma que faz perder a coragem que me faz sempre insignificante que me tira força, que torna ténue, muito ténue a minha existência e que me limita, limita até como me sinto e isto não é só mente, alastra e penetra no físico, limita o que posso sentir, o que posso dizer, o que posso ser, o que talvez queira ser.
Limita o meu viver, limita que alguém possa conquistar, porque me limita. E já não sou eu...
Porque não deixa ser quem sou... Será que alguém saberá quem sou... como sou? Não acho. Sinto-me uma gota num mar que não tem fim e em que todos correm segundo a corrente da maré mas eu sempre estarei do mesmo modo, no mesmo local e os outros nos seus afazeres alucinantes, mutantes se vão esquecendo da gota....
Não sou... quero ser mas não sou...
O grito fica sempre preso, preso e alimenta a solidão que nunca deixará nenhum de nós. Todos somos sós, a companhia é ilusão... Ninguém nos compreende... Ninguém compreende o íntimo... Se para nós somos puzzle não são os outros que o conseguirão construir.
E memórias... assombram... de quem pisou e continuou de cabeça erguida mas nunca percebeu o que marcou... Mas quando muito tempo passou todos pensam que não retorna mas tudo assombra... assombra... assombra... assombra... E faz-te pensar que só serás aquela gota... que eles vão-te sugar a vida que tens...
Porque tudo tira a vida em mim, paralisa, não deixa voar até ao sonho
:'(
Porque não consigo extravasar... não consigo compreender todas as linhas que estão escritas em mim, não me consigo ler, também nunca ninguém conseguirá ler...
Medo...
Medo
Medo MEDO MEDO MEDO
ecoa ecoa ecoa e não se vai...
Vai mas volta, retorna, está preso...
Quando vemos que sempre tivemos sonhos, sempre achámos possível, mas na vida real eles precisam de um caminho pré-determinado para que aconteçam para que se tornem vivos. Tudo despoleta a dor... Porque o maior medo é o medo do que não se sabe, mas pior ainda quando não se sabe o que se quer.
É andar sem rumo, sem guia algum, sem nada saber. Será sequer que sei de mim?
E nesta luta sinto-me sozinho, porque não sei sequer o que quero.
O que quero fazer ou sequer onde quero estar.
Aqui o que é físico reconforta a alma mas o património inter-pessoal não existe. Será sequer que o eu e o vós existe em algum lado? Parece que por muito que outros existam eu sou só eu, ninguém mais, uma ilha que não é povoada que tem o seu habitat inabitável, uma ilha que jamais poderá ser explorada...
Não sei, não sei, não sei...
Não sei o que quero fazer, não sei onde quero estar.
No berço sufoca, parece existir algo que suga a alma que faz perder a coragem que me faz sempre insignificante que me tira força, que torna ténue, muito ténue a minha existência e que me limita, limita até como me sinto e isto não é só mente, alastra e penetra no físico, limita o que posso sentir, o que posso dizer, o que posso ser, o que talvez queira ser.
Limita o meu viver, limita que alguém possa conquistar, porque me limita. E já não sou eu...
Porque não deixa ser quem sou... Será que alguém saberá quem sou... como sou? Não acho. Sinto-me uma gota num mar que não tem fim e em que todos correm segundo a corrente da maré mas eu sempre estarei do mesmo modo, no mesmo local e os outros nos seus afazeres alucinantes, mutantes se vão esquecendo da gota....
Não sou... quero ser mas não sou...
O grito fica sempre preso, preso e alimenta a solidão que nunca deixará nenhum de nós. Todos somos sós, a companhia é ilusão... Ninguém nos compreende... Ninguém compreende o íntimo... Se para nós somos puzzle não são os outros que o conseguirão construir.
E memórias... assombram... de quem pisou e continuou de cabeça erguida mas nunca percebeu o que marcou... Mas quando muito tempo passou todos pensam que não retorna mas tudo assombra... assombra... assombra... assombra... E faz-te pensar que só serás aquela gota... que eles vão-te sugar a vida que tens...
Porque tudo tira a vida em mim, paralisa, não deixa voar até ao sonho
:'(
Porque não consigo extravasar... não consigo compreender todas as linhas que estão escritas em mim, não me consigo ler, também nunca ninguém conseguirá ler...
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